Presidente da CDL anuncia audiência pública e critica contrato com a Via Brasil

Alex Cavalheiro rechaçou “projetos ultrapassados”

Clique Notícias

Foto: Jornal Mato Grosso do Norte

A CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) abre as portas no próximo dia 18, terça feira, das 10h às 12h, para uma audiência pública acontecer em seu auditório. Na ocasião, a pauta será a elaboração do projeto que vai orientar a duplicação e a modernização do trecho da MT 208, na cidade de Alta Floresta.

A Rodovia Estadual é primordial para o desenvolvimento do extremo norte de Mato Grosso. Nesse sentido, além dos trechos que perpassam a zona rural dos municípios, os investimentos no perímetro urbano de Alta Floresta já estão atrasados.


Participação

O presidente da CDL, Alex Cavalheiro, participou de reuniões com o vice governador de Mato Grosso, que autorizou prefeitura de Alta Floresta fazer o projeto. Para ele, essa é a hora certa de Alta Floresta demonstrar união e, com a participação das entidades e representações de classes, que a sociedade civil organizada promova um grande debate de ideias e contribuições. “Como representantes, nós precisamos participar efetivamente desses debates” falou Cavalheiro.

A situação atual da MT 208 afeta muito a cidade de Alta Floresta, que é uma cidade polo. Os investimentos nos arredores, tornaram o fluxo da MT 208 muito grande. O presidente, que elogiou o trabalho provisório da PM, que conseguiu amenizar o drama de acidentes nos trevos, improvisando rotatórias com cones. Porém, Alex lembra que ainda existem ao menos vinte e nove entradas de bairros e setores, que podem ocasionalmente gerar novos acidentes.

Em entrevista ao Clique Notícias, Alex foi taxativo ao criticar a retirada de investimentos nas últimas alterações feitas em forma de aditivos no contrato vigente com a Concessionaria Via Brasil. Segundo ele, muitas decisões são tomadas e a comunidade não participa. “Nada funciona sem a sociedade. A sociedade precisa participar porque é ela que vai colher o bônus ou ônus das decisões que serão tomadas” disse.


As expectativas e o risco

Agora, segundo o presidente da CDL, a expectativa é que a sociedade altaflorestense seja ouvida. ”A população não está satisfeita. Não concordou com esse projeto, não concordou com o posicionamento do pedágio, não concordou com a cobrança de pedágio daqueles moradores que ficaram isoladas pela praça, que deveria estar lá no rio Quatro Pontes” ressaltou.

Alex defende um projeto à longo prazo, pensado para vinte, trinta anos. “Que a gente tenha uma rodovia e um perímetro urbano que seja compatível com o tamanho da nossa cidade e o tamanho que ela vai chegar. Não podemos mais aceitar uma imposição de projetos ultrapassados” observou.

Por fim, o presidente da CDL reforça o convite para a audiência e chama atenção da população de Alta Floresta, pois, se mal feito, o projeto ameaça inviabilizar negócios, comprometendo a logística de transporte e de mobilidade e, consequentemente, o crescimento e o desenvolvimento de Alta Floresta e toda a região. 

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