Mato Grosso vive uma crise alarmante com o avanço da
chikungunya, e o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, não poupou
palavras ao cobrar mais comprometimento da população no combate ao mosquito
transmissor da doença.
“Não adianta a população ficar reclamando porque pegou
chikungunya e está com dores e o quintal estar um chiqueiro. É importante
entender que o combate ao mosquito é o melhor remédio para isso, para não
remediar depois”, afirmou o gestor.
O estado já contabiliza 32 mortes causadas pela doença, além
de outras 13 que ainda estão sob investigação.
Com 19.831 casos confirmados, Mato Grosso lidera o ranking
nacional da epidemia. A situação é considerada “muito grave” pelas autoridades
de saúde.
As cidades mais impactadas são Cuiabá, onde foram
registrados mais de 6 mil casos e 19 óbitos; Várzea Grande, com 5.420
infectados e quatro mortes; e Rondonópolis, que já soma 2.686 casos e uma
vítima fatal confirmada.
Em resposta à crise sanitária, os três municípios decretaram
situação de emergência.
Diante do cenário preocupante, o Ministério da Saúde enviou
17 profissionais para Mato Grosso a fim de estudar medidas emergenciais e
auxiliar as prefeituras na contenção do avanço da chikungunya.
A principal recomendação continua sendo a eliminação de
focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença.
Com o aumento expressivo dos casos e as declarações do
secretário de Saúde, fica evidente a necessidade de uma ação coletiva, unindo
esforços entre poder público e sociedade.