Prisão Mantida
STF mantém prisão de condenado por bomba em caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília
Ministro Alexandre de Moraes nega pedido de liberdade a Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado por atentado com explosivo em 2022.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, um dos condenados por planejar e instalar uma bomba em um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022.
A decisão, proferida nesta quarta-feira (9), negou o pedido de soltura apresentado pela defesa do réu. O magistrado acolheu os argumentos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a continuidade da prisão preventiva diante da gravidade dos crimes e do risco de reiteração das condutas.
Segundo Moraes, as provas reunidas e o histórico do condenado demonstram “potencial ameaça à ordem pública”, justificando a permanência da custódia cautelar.
Condenação e acusações
Alan Diego está preso desde junho deste ano, após determinação do próprio ministro Alexandre de Moraes. A PGR denunciou ele e outros dois acusados pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, além de pedir a prisão preventiva dos envolvidos.
De acordo com os autos do processo, o condenado instalou o artefato explosivo em um caminhão-tanque estacionado próximo ao aeroporto da capital federal. Ele confessou ter recebido o dispositivo no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde manifestantes pediam uma intervenção militar e o fim do resultado das eleições de 2022.
Pena e desdobramentos
Em maio de 2023, a Justiça do Distrito Federal condenou Alan a cinco anos e quatro meses de prisão pelos crimes de explosão e incêndio, decisão posteriormente encaminhada ao STF por envolver possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito.
O caso ganhou grande repercussão nacional à época, por ter ocorrido em meio ao clima de tensão política que marcou o período pós-eleitoral. A tentativa de atentado, que foi frustrada pela polícia antes que o explosivo fosse detonado, poderia ter causado uma tragédia de grandes proporções.
Com a decisão de Alexandre de Moraes, Alan Diego dos Santos Rodrigues permanecerá preso preventivamente, enquanto o Supremo analisa a tramitação do processo e eventuais recursos da defesa.
Fonte: Infoverus


