A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Alta Floresta cumpriu mandados de prisão contra três suspeitos, identificados como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Foram dois dias de operação até a localização dos mesmos. Foram presos Henrique Delise da Silva, Luciano Soares do Anjos e Wesley Noboru Nishimuta, que não tiveram suas idades divulgadas.
O crime
O grupo seria o responsável por matar Dener Aparecido
Martins, 29 anos com três tiros na cabeça, em agosto do ano passado. A vítima e
outros trabalhadores vieram de outros estados para trabalhar numa obra na
estrada MT 325 e estavam alojados numa casa, no setor G, onde o crime
aconteceu. Consta que na data do crime, homens armados invadiram e renderam
todos os trabalhadores alojados.
As vítimas tiveram seus punhos amarrados com fios de
telefone, foram agredidas e ameaçadas com o intuito dos suspeitos identificarem
um integrante da facção criminosa rival. Dener foi identificado pelos suspeitos
como sendo integrante do PCC. Ele foi torturado e logo após assembleia com
conselheiros (gestores) do Comando Vermelho por vídeo chamada teve sua morte
decretada.
Em seguida, Dener foi levado para fora sendo morto com
disparos de arma de fogo. Ele chegou a ser socorrido em um caminhão até o
Hospital Regional, mas não resistiu.
Investigação
O Delegado Marcus Vinícius, que comandou a investigação, afirmou que o crime teve natureza complexa para ser elucidada. “Mas conseguimos, com uma investigação muito minuciosa, utilizando o serviço de inteligência e várias tecnologias disponíveis, identificar três suspeitos de terem cometido esse crime” falou o delegado, em entrevista ao repórter Arão Leite, numa reportagem exibida pela TV Nativa, nesta sexta feira, 23.
Ele confirmou que para a polícia, os três tiveram participação direta no crime, inclusive, a presença dos mesmos na cena do crime. Segundo o delegado, a morte da vítima pode ter sido fruto de uma confusão, porque a polícia descobriu que a vítima era de outro estado, e foi sentenciado pela facção que comanda o tráfico na região por supostamente integrar facção rival.
O delegado destacou que a polícia trabalha em sigilo na
maioria das vezes. “Muitas vezes não é perceptível para a população, mas nós
estamos trabalhando para elucidar todos esses crimes” garantiu Marcus Vinicius.