Um encontro na sede do Sinpol (Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso) reuniu investigadores e escrivães das delegacias de Alta Floresta, na noite desta quarta feira, 30. O objetivo foi alinhar o conhecimento de todos acerca das mudanças que devem ser implementadas na Instituição com a padronização do estado à uma lei federal, aprovada em 2023.
O encontro contou com a presença do presidente do SINPOL-MT
(Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso), Glaucio Catanon.
Ele explicou que a lei traz parâmetros para as polícias civis, definindo doutrinas,
e outras estruturas. “Dentre esses assuntos, ela define que as polícias civis
tem dentro da sua estrutura policial apenas dois cargos, delegado de polícia e
oficial investigador de polícia. Esse cargo de oficial investigador de polícia
ele vem da junção dos atuais cargos de escrivão de polícia e investigador de
polícia” esclarece o Catanon.
O presidente lembra que hoje, com duas funções distintas, os cargos são exercidos pelos profissionais com atribuições subdivididas. “Agora, esse novo profissional denominado oficial investigador de polícia, ele passa a ser completo. Ele trabalha tanto na investigação, quanto na formalização do procedimento policial” ressaltou.
Segundo Catanon, tanto o sindicato dos investigadores, quanto
o sindicato dos escrivães, participam da comissão que fez os estudos e propôs essa
minuta da transformação dos cargos, aprovada pelo conselho superior da polícia
civil. Ele considera que a mudança é sinônimo de modernização e classifica como
avanço, o momento vivido pela instituição. “É necessário que a investigação esteja
sempre um passo à frente do crime e como todos sabem, o crime tem evoluído. Nós
temos que estar preparados para dar resposta à sociedade de acordo com aquilo
que a sociedade espera” pontuou, defendendo que a unificação trará um trabalho
mais efetivo para a sociedade.
O policial civil e vereador por Lucas do Rio Verde, Wlad
Mesquita, também participou da reunião. Representante de peso da categoria no
quadro político do estado, ele defende que a Polícia Civil de Mato Grosso é uma
das melhores do Brasil. “Essa união vai fazer com que a gente consiga dar mais
resolutividade nos trabalhos desempenhados pela polícia civil” salientou.
Wlad Mesquita disse que já tratou do assunto com o vice governador Otaviano Piveta, que foi atencioso à demanda. Lembrou também que cerca de seis estados já estão configurados nesse novo formato. “Mato Grosso não pode ficar para trás” defende Mesquita que destaca o fortalecimento da instituição com a unificação. “A polícia civil realiza um trabalho muito importante e parte desse trabalho é realizado por investigadores e escrivães, que unindo, vai conseguir entregar ainda mais para coletividade”.
O vereador diz que a mudança vai demandar mais trabalho para
os profissionais e quando questionado sobre a equiparação salarial e
valorização, defende. “Eles precisam ter esse retorno financeiro pelo trabalho
que já entregam. Vai aumentar as atribuições dos policiais investigadores e eles
com toda certeza merecem o devido reconhecimento diante do grande trabalho
realizado em Mato Grosso”.
Em Alta Floresta, o Sindicato (SINPOL) tem como presidente Joelton Venâncio. Ele comemora o engajamento local com as discussões à nível de estado, num momento tão crucial para toda a categoria. “A gente vê isso com bons olhos. Para a sociedade é muito importante a melhoria dos trabalhos, que serão desenvolvidos por todos os policiais, não tendo tanto fracionamento das atividades da polícia civil” pontua Venâncio.
“É moderno. Isso está acontecendo no país inteiro. Outras polícias
civis, de outros estados, também estão estruturando, e o estado de Mato Grosso
também está nesse mesmo caminho, e quem vai ganhar com isso é a própria
sociedade” finalizou o Presidente do Sinpol de Alta Floresta.