O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso
(ALMT), Max Russi (PSB) afirmou que a secretária de Estado de Meio
Ambiente, Mauren Lazzaretti, será acionada pela Procuradoria da Casa por não
atender à convocação aprovada pelos deputados estaduais. Segundo
ele, independente de quem ocupe o cargo público, a ausência configura
ato de improbidade adminstrativa.
Além disso, Max Russi prometeu relatar o caso
pessoalmente ao governador Mauro Mendes e ao chefe da Casa
Civil Fabio Garcia, ambos do União Brasil. Neste sentido, ressaltou
que a ALMT evita convocar secretários, priorizando convites para manter uma
relação harmoniosa com o Poder Executivo. No entanto, pontuou que medidas serão
tomadas diante da ausência de Mauren Lazzaretti.
“Eu já deixei bastante claro que não vamos aceitar a não
vinda de um secretário de Estado convocado para vir a essa Casa Leis. É uma
prerrogativa do parlamento estadual e o secretário deve obrigação, não aos
deputados, mas ao povo mato-grossense. Se não puder vir? Comunica a
Presidência. Não temos dificuldades nenhuma de alterar a data”, pontuou Russi.
Conforme o presidente da ALMT, Mauren Lazaretti
enviou um representante. Porém, disse que o servidor não contemplou o
deputado que fez a convocação.
Mauren Lazzaretti foi convocada pelo deputado
Valdir Barranco (PT) após aprovação em plenário. O objetivo era prestar
esclarecimentos sobre assentamentos embargados.
"A secretária Mauren não foi convidada para vir
aqui, ela foi convocada. Um requerimento de convocação apresentado por mim e
aprovado por unanimidade por todos os deputados, e ela rasgou ao não vir aqui.
Ela desrespeitou essa Casa e a Constituição Estadual de Mato Grosso. Eu vou
tomar as providências para que ela responda por crime de improbidade
administrativa, conforme preceitua a nossa Constituição Estadual", disse o
petista.
Para Barranco, a Sema
tem acumulado um histórico preocupante de embargos e falta de resolução
para os agricultores familiares. Dados recentes indicam que, entre 2019 e 2024,
houve um embargo massivo de aproximadamente 1,86 milhão de hectares por crimes
ambientais, afetando diretamente pequenos produtores. Apenas em 2024, mais de
300 mil hectares foram embargados, prejudicando assentamentos de 10 municípios
mato-grossenses.