Se sua expectativa era ver a conta de luz mais leve em julho, infelizmente vai ter que esperar. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a continuidade da bandeira vermelha patamar 1 — com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos — para todo o mês. É o mesmo nível visto em junho, sem qualquer redução de valor.
A razão é simples — e preocupante: o cenário hidrológico ainda é desfavorável, com reservatórios abaixo da média histórica. Por isso, a geração hidrelétrica permanece limitada e o sistema elétrico segue acionando usinas termelétricas, que cobram mais caro. Como explica a Aneel, isso eleva o custo de produção e resulta no repasse direto ao consumidor.
Embora as chuvas em junho tenham aliviado o volume dos reservatórios no Sul, os reflexos não se estendem ao restante do país, que segue com precipitação abaixo do ideal. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indica que o baixo nível deve continuar até o final do ano, o que significa que a bandeira vermelha pode permanecer por vários meses.
A bandeira tarifária foi criada para tornar os custos de geração mais transparentes: na bandeira verde, não há cobrança extra; na amarela são R$ 1,88 por 100 kWh; e na vermelha, patamar 1, são R$ 4,46 por 100 kWh. O impacto financeiro dessa tarifa continua pressionando o bolso do consumidor, que depende das escolhas do clima para economizar.
Diante desse quadro, manter hábitos econômicos no uso de energia passa a ser essencial. Evitar o uso de aparelhos durante o pico (entre 18h e 21h), trocar lâmpadas por modelos mais eficientes e não deixar equipamentos em stand-by são pequenas ações que fazem grande diferença na conta de luz — e ajudam a poupar os recursos hídricos do país.