Homicídio em 1998
Pecuarista e empresário Moisés Prado é absolvido em Alta Floresta
Por 4 votos a 3, Prado venceu o juri. Ele deixou o plenário visivelmente emocionado
O empresário e pecuarista Moisés Prado foi absolvido pelo
Tribunal do Júri de Alta Floresta na quarta-feira (19), ao final de um
julgamento que se estendeu por todo o dia e atraiu pecuaristas, empresários,
amigos e familiares. Por quatro votos a três, o conselho de sentença decidiu
inocentá-lo da acusação de homicídio duplamente qualificado contra Gladiston
Augusto de Lima Pereira, crime ocorrido em novembro de 1998.
Já era noite quando o julgamento chegou ao fim. Prado, que
em 2019 havia recebido condenação de 16 anos e 8 meses de prisão em primeira
instância, deixou o plenário visivelmente emocionado.
Embora tenha evitado comentar o processo e os fatos julgados,
a reportagem do Clique Notícias conversou brevemente com Moisés após o
julgamento, ele agradeceu o apoio recebido ao longo dos anos, resumindo o
momento com a frase: “Glória a Deus!”.
Histórico da primeira condenação
Após ser sentenciado pela primeira vez, ele conseguiu
revogar a prisão preventiva no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
A defesa argumentou que Prado possuía bons antecedentes, mantinha conduta
social considerada exemplar durante mais de duas décadas de espera pelo
julgamento, era réu primário e não representava risco ao andamento do processo,
que ainda tramitava com recursos pendentes.
Naquele julgamento, o júri havia reconhecido tanto a autoria
quanto a materialidade do crime, além de qualificadoras referentes ao
impedimento de defesa da vítima e à tentativa de assegurar vantagem ou
impunidade. O juiz Roger Augusto Bim Donega, então presidente do Tribunal do
Júri, determinou o cumprimento imediato da pena em regime fechado e estabeleceu
indenização mínima de R$ 200 mil aos familiares da vítima.
O caso
Segundo a denúncia, no dia do homicídio, Moisés Prado e
Gladiston deixaram Alta Floresta no carro da vítima em direção ao município de
Carlinda, a 724 quilômetros de Cuiabá. Durante o trajeto, enquanto estava no
banco do passageiro, Prado teria efetuado cinco disparos de arma de fogo contra
o amigo, atingindo cabeça e tórax, impossibilitando qualquer chance de reação.
Depois dos disparos, ele fugiu para Colíder, a 648 quilômetros da capital,
levando a arma utilizada no crime.

