Justiça nega habeas corpus do médico que matou a namorada adolescente

O Contexto e o histórico agressivo foram determinantes para o juiz manter a custódia, afirmando que seu relaxamento “comprometeria a ordem pública”.

Wendy Oliveira / Redação

Google

A Justiça de Mato Grosso negou o pedido de habeas corpus ao médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, preso em regime preventivo desde maio, acusado de matar a facadas a própria namorada de apenas 15 anos em Guarantã do Norte. O crime ocorreu na madrugada de 3 de maio e permanece um dos casos mais chocantes no estado.

Bruno foi indiciado por feminicídio, além de outros delitos relacionados ao caso, como porte ilegal de arma de fogo, dirigir sob efeito de álcool e entregar veículo a pessoa não habilitada. A investigação aponta que ele e a adolescente haviam consumido bebida alcoólica e estavam dentro de um carro, quando o disparo ocorreu — atingindo a nuca da jovem enquanto ela estava no colo do namorado. Apesar da defesa afirmar que se tratou de acidente durante uma "brincadeira com arma", as provas reunidas apontam para conduta agressiva e irresponsável.

Preso preventivamente em Peixoto de Azevedo, Bruno já respondia a medida protetiva imposta por uma ex-namorada por violência doméstica registrada em 2022. Essa contextura e o histórico agressivo foram determinantes para o juiz manter a custódia, afirmando que seu relaxamento “comprometeria a ordem pública”.

Paralelamente, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) instaurou sindicância para apurar se houve violação de ética médica, podendo culminar na suspensão ou cassação do registro profissional do acusado.

Com a negativa do habeas corpus, o médico segue preso, aguardando julgamento. Caso seja condenado pelo crime de feminicídio, pode receber pena entre 12 e 30 anos de prisão, além das sanções adicionais previstas por porte de arma e outras infrações.

As mais vistas