Chikungunya em MT: casos recuam, mas mortes ainda alarmam

Apesar da redução na curva de novos casos, a taxa de incidência segue preocupante.

Redação/Wendy Oliveira

Mato Grosso registrou queda no número de casos de chikungunya nas últimas semanas. No entanto, o estado continua liderando o ranking nacional de mortes pela doença, com 45 óbitos confirmados entre janeiro e abril de 2025 — o equivalente a cerca de 71% dos óbitos ocorridos no país neste período.

Apesar da redução na curva de novos casos, a taxa de incidência segue preocupante: são aproximadamente 862 casos a cada 100 mil habitantes, número muito superior à média nacional. No total, mais de 33 mil casos foram notificados no estado até o fim de abril, o que mantém o alerta ligado para as autoridades sanitárias.

Especialistas reforçam que a letalidade da chikungunya, embora historicamente baixa, pode aumentar em grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com doenças pré-existentes ou em situações de acesso precário à saúde. A transmissão continua ocorrendo pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e zika.

Mesmo com a tendência de desaceleração, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que é necessário manter o combate ativo ao mosquito, intensificando ações de eliminação de criadouros e campanhas educativas. A vigilância epidemiológica também recomenda que sintomas como febre alta, dores articulares e manchas na pele sejam rapidamente comunicados às unidades de saúde.

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