A polícia civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta quarta feira, 16, a Operação Heresias. O objetivo é desarticular um esquema criminoso de tráfico de drogas e lavagem de capitais, com atuação em Alta Floresta, Carlinda, Sinop, Varzea Grande e Cuiabá.
Comandada pela Delegacia Municipal de Alta Floresta, com
apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional, a operação foi montada
para cumprir simultaneamente 01 mandado de prisão preventiva, 14 mandados de
busca e apreensão e 11 intimações para fins de monitoramento eletrônico.
Outras 4 ordens de bloqueios judiciais e sequestro de bens e
a suspensão de uma empresa de produtos eletrônicos em Cuiabá foi determinada,
uma vez que as investigações apontaram que ela era usada para lavar dinheiro do
tráfico de drogas.
Segundo a polícia a operação conseguiu quebrar os braços operacional, jurídico e financeiro da organização mirando traficantes, advogado e comerciante. Três pessoas foram presas durante a operação, incluindo um preso na cadeia pública de Alta Floresta, que recebeu mais uma voz de prisão, dentro do cárcere.
Em Alta Floresta foram cumpridos 6 mandados de busca, quando
em um deles um casal acabou preso em flagrante por tráfico de drogas. Eles estavam
com mais de 70 porções de drogas entre cocaína e pasta base.
O delegado também revelou que um advogado preso em Sinop, já possui condenação por organização criminosa e também usava a própria conta para repassar dinheiro do tráfico de drogas. Ele chegou a envolver a empresa da esposa, que passou por busca. Houve sequestro de valor do casal.
“A partir de uma investigação bem consistente, com quebra de sigilo bancário e fiscal, conseguimos percorrer o caminho do dinheiro que o tráfico local segue. Foi como encontramos uma loja de eletrônicos lá em Cuiabá, que tinha vários depósitos em espécie, saques fracionados, tinha o dia do recolhe, que é um dia da semana que os traficantes costumam repassar esse valor para as contas bancárias. Fizemos uma ação para desarticular” falou o delegado André Victor Leite, revelando que a organização foi quebrada pelo braço financeiro.
Ao explicar as ações, o delegado revelou que a polícia já
notou que o combate pelas bocas de fumo não surtem efeitos consideráveis, já
que o tráfico age rápido e logo abrem novas bocas de fumo e, por esse motivo, a
operação atacou pelo financeiro através das contas e do patrimônio. “Nosso trabalho
foi esse. Estamos aguardando o resultado e esperamos que seja bastante efetivo”
falou André Victor.