A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso emitiu alerta epidemiológico diante do aumento dos casos de malária no estado ao longo de 2025. Entre janeiro e setembro foram notificados 553 casos, dos quais 513 foram classificados como autóctones — ou seja, transmitidos internamente no território mato-grossense. Os municípios de Aripuanã (139 casos) e Colniza (63 casos) respondem por mais da metade das infecções autóctones registradas no período.

Outros municípios com incidência significativa incluem Pontes e Lacerda, Rondolândia, Vila Bela da Santíssima Trindade, Peixoto de Azevedo e Conquista D’Oeste. A secretaria chama atenção para o padrão de dispersão relacionado a áreas de garimpo: a movimentação de trabalhadores e a ocupação desordenada nesses locais favorecem a transmissão e complicam as ações de vigilância.

Diante do cenário, o órgão estadual recomenda que as unidades de saúde reforcem a vigilância clínica, com testagem rápida a pacientes sintomáticos e início imediato do tratamento quando confirmado o diagnóstico. Também são indicadas intervenções de controle vetorial, como distribuição de mosquiteiros impregnados e aplicação de inseticidas residuais em áreas de risco. A SES/MT ressalta ainda a importância de campanhas educativas e do fortalecimento das ações de prevenção junto às comunidades que vivem e trabalham em garimpos.

O aumento de casos e a dispersão geográfica do agravo demandam atenção continuada das autoridades de saúde para evitar surtos maiores e reduzir a ocorrência de casos graves.