A Terra girou mais rápido do que o normal nesta quarta-feira (9 de julho) e registrou, segundo especialistas, o dia mais curto de 2025. O planeta completou sua rotação com cerca de 1,3 milissegundo a menos do que as habituais 24 horas.
A diferença passou despercebida para a maioria das pessoas, mas chamou a atenção de cientistas que acompanham o ritmo da rotação terrestre com precisão milimétrica desde a década de 1960. Eles usam relógios atômicos para medir cada segundo com base no giro da Terra — e já haviam alertado que julho poderia trazer os dias mais curtos do ano.
Nos últimos anos, fenômenos assim têm ocorrido com maior frequência, o que levanta preocupações em áreas sensíveis como sistemas de satélites, GPS, telecomunicações e bolsas de valores, que dependem de sincronização exata do tempo.
Os motivos ainda são estudados, mas as causas podem estar ligadas a movimentos no núcleo da Terra, redistribuição de água nos oceanos, derretimento de geleiras e até à influência gravitacional da Lua.
Se a aceleração da rotação continuar, especialistas não descartam a possibilidade de adotar, em breve, um “segundo bissexto negativo” — ou seja, retirar um segundo do relógio oficial para alinhar o tempo civil ao giro do planeta, algo que nunca foi feito até hoje.
Embora o fenômeno não tenha impacto prático na vida da maioria das pessoas, ele é mais uma prova de que, mesmo parecendo constante, a Terra está em movimento e mudança o tempo todo.