Mandato em risco

TSE vai decidir sobre cassação: Procuradora diz que TRE “errou"

Chico Gamba e Quintino ainda podem perder o mandato

TSE vai decidir sobre cassação: Procuradora diz que TRE “errou

A Procuradoria Regional Eleitoral de Mato Grosso entrou com recurso especial junto ao Tribunal Superior Eleitoral e reforçou o pedido de cassação do prefeito municipal de Alta Floresta, Chico Gamba (União Brasil) e do vice, Robson Quintino (MDB).

Na ação, a procuradora regional eleitoral, Thereza Luiza Fontenelli Costa Maia, enfatizou que Gamba e Quintino foram alvos de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta pelo Ministério Público Eleitoral, que também investigou o Diretor de Comunicação da Prefeitura Municipal, Danúbio Ferreira de Souza Santos e o proprietário da página de fofocas Alta Floresta Mil Grau, Alan Rodrigues da Silva.

Os quatro foram condenados pela Justiça Eleitoral, em Primeira Instância á perda de mandato, inelegibilidade e pagamento das custas de uma nova eleição.

“A decisão de primeira instância se baseou no fato de que o perfil "@altaflorestamilgrauof" (reserva de um perfil principal famoso), contendo cerca de 30.000 seguidores, foi renomeado para "@chico.gamba" (nome de urna do candidato eleito) e utilizado como principal canal de propaganda, em uma manobra que iludiu os seguidores originais, que não haviam consentido em receber conteúdo político” diz trecho do recurso da Procuradoria.  

A sentença da Justiça Eleitoral de Alta Floresta se baseou numa investigação da polícia e oitivas que envolveram uma juíza, uma promotora de justiça e uma delegada. Elas estão na lista das mais de 30 mil pessoas enganadas pela fraude.

OS DESCONDENADOS...

                                                                                                                                                     

Foto: Reprodução/Mato Grosso ao Vivo

No entanto, os quatro réus foram descondenados pelo TRE, após “movimentos estranhos” nos bastidores da corte, no curso do processo, que envolveu até mesmo troca do relator da matéria em apreciação. A presidente do TRE, Desembargadora Serly Marcondes Alves, reconheceu a ilicitude da conduta por desvio de finalidade e grave violação da normalidade eleitoral, e foi a única a acompanhar o MPE, porém foi voto vencido, após pedido de vistas.

Após a decisão da corte, a Procuradoria agora recorre ao TSE, em Brasília, e aponta erro na decisão do TRE. “A decisão do TRE-MT merece reforma por ignorar a gravidade intrínseca do ardil praticado, que configurou não apenas uso indevido dos meios de comunicação, mas também o desvio de finalidade na captação de dados pessoais em massa, comprometendo a isonomia do pleito” diz a procuradora Thereza Luiza Fontenelli, em seu despacho.

“O erro do TRE-MT reside em focar na ausência de vedação expressa à cessão gratuita de perfis, desconsiderando o modus operandi ardiloso utilizado” pontuou a procuradora, reforçando que o "sequestro de seguidores" abrangeu atos com a intuito de "iludir, confundir ou ludibriar o eleitorado".

Leia na íntegra o recurso

A Procuradoria Regional Eleitoral considerou que a cessão de perfis em redes sociais sem o consentimento dos seguidores além de um abuso de meios de comunicação, ainda viola a legislação de proteção de dados. A PRE também aponta a necessidade do TSE fixar uma tese jurídica a fim de evitar precedentes perigosos para as próximas eleições.

O recurso foi interposto na manhã da última terça feira, 23. O prefeito, o vice e os demais réus ainda não se pronunciaram após o recurso da Procuradoria Regional Eleitoral.


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