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Mato Grosso soma 1,7 mil ações judiciais por falhas em atendimentos de saúde em 2025

Estado ocupa a 13ª posição no país em número de processos relacionados a erros médicos

Mato Grosso soma 1,7 mil ações judiciais por falhas em atendimentos de saúde em 2025

Mato Grosso registrou 1.797 processos judiciais por falhas nos serviços de saúde entre janeiro e setembro de 2025, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgados pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP).

Os casos envolvem erros na identificação de pacientes, falhas na dosagem ou administração de medicamentos, equívocos cirúrgicos e problemas de comunicação entre equipe médica e pacientes. O levantamento foi divulgado na segunda-feira (27) e reflete, segundo o CNJ, a sobrecarga de trabalho dos profissionais e a falta de padronização de processos em hospitais e clínicas.

De acordo com a doutora em direitos humanos e membro da SOBRASP, Aline Albuquerque, é importante compreender o contexto de cada situação antes de responsabilizar o profissional de saúde.

Em nível nacional, foram registrados 72.247 processos relacionados a falhas médicas no mesmo período. São Paulo lidera o ranking com 8.863 ações, seguido por Bahia (6.991) e Rio de Janeiro (6.721). Mato Grosso aparece na 13ª posição, com 2,49% do total nacional.

Riscos globais e direitos do paciente




A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um em cada dez pacientes no mundo sofra algum tipo de dano por falhas no atendimento, resultando em cerca de 3 milhões de mortes por ano. A entidade reforça a importância do respeito aos direitos do paciente, como acesso ao prontuário, consentimento informado e participação nas decisões sobre o tratamento.

No Brasil, o CNJ destaca que o acesso ao prontuário médico — documento que pertence ao paciente — ainda é um dos principais desafios. Ele só pode ser entregue a terceiros mediante autorização expressa do titular.

Plano Global de Ação da OMS




O Plano Global de Ação para a Segurança do Paciente 2021–2030, desenvolvido pela OMS, estabelece metas para reduzir riscos, capacitar profissionais e envolver pacientes na gestão das instituições de saúde. Entre os objetivos estão:

  • Tornar o “zero dano evitável” uma meta permanente;

  • Criar sistemas de saúde de alta confiabilidade;

  • Garantir segurança em todos os processos clínicos;

  • Incentivar a participação de pacientes e familiares;

  • Capacitar e proteger profissionais da área;

  • Fortalecer o fluxo de informações para reduzir danos evitáveis;

  • Ampliar a cooperação internacional em prol da segurança do paciente.

Pesquisas indicam que o baixo nível de letramento em saúde no Brasil — ou seja, a dificuldade em compreender informações médicas — ainda limita o exercício pleno dos direitos dos pacientes. Pessoas com menor entendimento sobre sua própria saúde podem gastar até três vezes mais com despesas médicas, segundo estimativas do setor.

O CNJ e a SOBRASP reforçam que o fortalecimento da cultura de segurança e o investimento em educação em saúde são passos fundamentais para reduzir erros e garantir atendimento médico mais humano e seguro em todo o país.

G1 / Redação
28 de outubro de 2025
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