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Presidente do Cipem critica a Energisa e pede revisão urgente no serviço
Ednei Blasius cobra qualidade e transparência na concessão
            Durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (30), na Câmara Municipal de Alta Floresta, o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, manifestou preocupação com a qualidade do fornecimento de energia na região e questionou a atuação da concessionária Energisa.
O encontro contou com a presença de representantes da
empresa, autoridades políticas, membros do Ministério Público e lideranças de
diversos setores, que discutiram a instabilidade do sistema elétrico local e
seus impactos na economia regional.
Em entrevista exclusiva ao Clique Notícias, Blasius destacou
o rápido crescimento de Alta Floresta e de outras cidades do norte de Mato
Grosso, impulsionado pelo agronegócio. “O Estado de Mato Grosso tem um
potencial enorme de expansão, e Alta Floresta não é diferente. O setor do agro
cresce cerca de 20% ao ano, e a demanda por energia acompanha esse ritmo”,
afirmou.
Segundo o presidente do Cipem, o aumento populacional e o avanço econômico não estão sendo acompanhados por investimentos adequados em infraestrutura elétrica. “A energia tem sido um grande gargalo. Pagamos caro e, ainda assim, o serviço é de baixa qualidade. Se o consumidor atrasa, tem o fornecimento cortado; então a empresa também precisa cumprir sua parte e oferecer eficiência”, pontuou.
Blasius também chamou atenção para a proximidade do fim da
atual concessão da Energisa, prevista para 2027. “A concessionária tenta
antecipar a renovação antes do processo eleitoral, e a sociedade precisa saber
quais investimentos serão feitos, onde e com que valores”, questionou.
O dirigente reforçou a necessidade de um plano de manutenção
e prevenção, e não apenas de ações reativas quando ocorrem interrupções. “A
Energisa precisa enxergar o Mato Grosso real, que cresce todos os dias. É
preciso revisão, organização e prevenção. Não dá para agir só quando a energia
acaba”, ressaltou.
Por fim, Blasius lembrou que os custos dos investimentos
realizados pela concessionária são repassados aos consumidores. “Toda vez que a
Energisa investe, a conta é rateada entre todos nós. Por isso, precisamos de
clareza e responsabilidade nesse processo de renovação”, concluiu.
            
            
                
                        
                        
                        
                        
                            
                            
                            
                    
                    
                    
                    
                    
                    
                    
                    
                    